Moy Yat (1938-2001) foi um artista marcial que personificou a expressão “a erudição e a marcialidade se completam”. Em 1957, tornou-se discípulo do lendário mestre de Kung Fu Ip Man (1893-1972) do Sistema Ving Tsun.
A exemplo do samurai Miyamoto Musashi, a partir da sua experiência nas Artes Marciais, Moy Yat pode manifestar seu Kung Fu nas Artes Eruditas.
Considerado “um gênio da pintura e da caligrafia chinesa” pelo Ip Man Museum, órgão governamental chinês, Moy Yat foi um requisitado artista com estilo único, sendo inclusive consultor do American Museum of Natural History.
Como escultor de selos de pedra, considerada uma das mais sofisticadas artes chinesas, pois inclui caligrafia, escultura e desenho, Moy Yat produziu sua obra maior: a coleção “Ving Tsun Kuen Kuit” que é composta de 51 selos. Esta obra inclui a genealogia, os ancestrais, os provérbios marciais, os domínios e os principais dispositivos do Sistema Ving Tsun.
Reconhecido pela revista americana Inside Kung Fu, como um dos “maiores professores de artes marciais de todos os tempos”, Moy Yat deixa um importante legado, onde o aprendizado na experiência marcial é estendido para a conduta do dia-a-dia, tornando a atividade humana mais inteligente e, portanto, mais rica. A este processo ele chamava de Kung Fu Life (Vida Kung Fu).
Atento em propiciar condições de evoluir o seu legado para as gerações futuras, Moy Yat escreveu vários livros, produziu dezenas vídeos e ministrou centenas de palestras demonstrativas, todos enfatizando a importância do sentido amplo de Kung Fu.